O percurso tem início na transição entre a aldeia e o campo, seguindo em direcção ao Monte dos Gaios. À direita, o velho moinho recorda tempos de pão e vento, marcando a identidade rural da região.
Ao chegar ao monte, surge um notável exemplo da arquitectura rural alentejana. A descida conduz-nos por recantos pitorescos de um casario antigo, onde ainda se adivinham vivências e tradições de outros tempos.
Junto à ribeira do Freixo, na sombra dos velhos freixos, encontramos um refúgio natural para diversas espécies: aves como o rouxinol, a carriça e a toutinegra-de-cabeça-preta; mamíferos como o ouriço-cacheiro, a lebre e a fuinha; e também répteis e anfíbios, entre eles o cágado-mourisco e a rela-magrebina.
A paisagem abre-se então para campos de searas e pastoreio, dominados pela silhueta do Monte da Igreja, exemplo marcante da arquitectura tradicional. Um pouco mais à frente, ergue-se um antigo cruzeiro de mármore, testemunho da religiosidade popular.
Mesmo em frente encontra-se a Igreja de Nossa Senhora do Freixo, edifício de traça religiosa alentejana, já referenciado desde o século XVI. A partir deste ponto, o caminho conduz-nos novamente nas proximidades do Monte dos Gaios, onde seguimos à esquerda em direcção à elegante Quinta da Vidigueira.
Acompanhando o muro da quinta, o percurso revela um dos seus maiores tesouros patrimoniais: a Anta da Vidigueira, classificada como Monumento Nacional desde 1910.